segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Dos devaneios da loucura própria, do alheio.

- Não!
Disse a mente estupefaciada! A mente que transborda dos devaneios da loucura. Mas como? É possível? pensou o interlocutor dessa toda hist´ria, o mal feitor, o corpo.
na viagem dentro da própria consciência, ou do próprio quarto, a semelhança é grande, tal como nos quartos, a organizam e as matérias que de fato lhe entendem tão ali, dividindo o espaço de sono e de vivencia, arrumados ou não, talvez um quarto desgraçadamente bagunçado seja essa mente.
Tremulamente os dedos batem ao teclados de forma a imita-los um som tão igual as notas musicais soadas pelas parafernalhentas maquinas de escrever. Ecoa no ouvido, ecoa na mente tec tec tec tec. Tim!
É sombrio. 
A mente trabalhada lança nos dedos todos os vômitos mortais que saem de sua própria loucura. Vomita palavras, vomita dores, vomita ulceras. A consciência feita determina que deve ser previamente e imediato todo o meio de expulsão de tudo aqui que deve ser expresso. Falar, escrever, pintar, compor ou foder. São meios de propagação.
De onde é que vem toda essa lava de um vulcão inativo? Interno. A personalidade deve se dar pelo fato de essa pessoa ter sido feita por ela, com ela e junto a ela. Está ali, próximo a tudo, como no quarto, em todas as necessidade. Devemos ser constituídos por nos e para nós. Não adianta nos fazermos para sermos aceitos, não seremos aceitos, seremos incluídos, mas não aceitos. Não existe qualquer aceitação no mundo das cabeças jorrantes de merda, somente inclusão, sem amor, sem questão, só por estar. Olho ao redor e olho pra trás e miro para frente, uma ânsia vem na tragado do cigarro no quarto imputrefado pelo odor fétido da morte nicotinal. De imediato, jogo o cigarro aceso para dentro do uísque e bebo, não o copo, oque restou na garrafa. Seria abominável o devaneio anterior visto e ainda ter de tragar aquela bebida fatal e ruim, não pelo cigarro, mas pelo passado daquela bituca.
O devaneio continua quando o revolver é a única solução. Não o preto, o revolver interno. O revolver do devaneio da própria loucura, ele seria capaz de extinguir o problema, bastava atirar, mas, para atirar, necessita munição. A munição é feita das bitucas uiscadas, são espoletas, bastava um tiro. Mas não se achava um meio de achar o projetil. Era quase impossível, não era permitido que chegasse ao ponto extremo. 
Todos os dias o gatilho era acionado, o cão descia vorazmente atingindo o ferrolho e o ferrolho querendo atingir a uma solução ou munição, mas acertava o ar gelado no interior do cano. nada saía, nada resolvia.
Todos os dias, devaneios. 
Tec, tec, tec. E nada de bala!
 Continue, devaneio.



2 comentários:

  1. A bala, na verdade, é o suicídio dos pensamentos intrusos de tentar 'ser' cada dia e tentar fugir do mesmo...Dia após dia!

    E esta bala, meu caro, (se estivermos falando da mesma mortífera que devagar assassina nosso sono) dói mais que a de revólver.

    Dói na pancada de acordar... de pegar no sono. De viver!

    Não há razão pela qual estamos buscando no vento, talvez o lugar mais incerto pra se procurar, a real existência.

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